sexta-feira, 8 de outubro de 2010

Mídia se organiza contra a candidatura de Dilma.


É o mínimo que a mídia pode fazer pela DEMOCRACIA DO BRASIL - tomara que não seja tarde demais, porque ela foi a maior cúmplice dessa tragédia que está por vir... Que o diga a Folha de São paulo, e o seu "instituto Datafolha"...E os outros "institutos" de pesquisa.

 
Mídia se organiza contra a candidatura de Dilma.


As trombetas anunciam perigo à vista!!

Até que enfim: 
acordaram !!!!!

Enviem para seus contatos, jornais e revistas.


Por Bia Barbosa, da Carta Maior Em seminário promovido pelo Instituto Millenium em SP, representantes dos principais veículos de comunicação do país afirmaram que o PT é um partido contrário à liberdade de expressão e à democracia. 
Eles acreditam que se Dilma for eleita o stalinismo
 será implantado no Brasil. 
"Então tem que haver um trabalho a priori contra isso, uma atitude de precaução dos meios de comunicação.
Temos que ser ofensivos e agressivos, não adianta reclamar depois", sentenciou 
Arnaldo Jabor.

Se algum estudante ou profissional de comunicação desavisado pagou os R$ 500,00 que custavam a inscrição do 1º Fórum Democracia e Liberdade de Expressão, organizado pelo Instituto Millenium, acreditando que os debates no evento girariam em torno das reais ameaças a esses direitos fundamentais, pode ter se surpreendido com a verdadeira aula sobre como organizar uma campanha política que foi dada pelos representantes dos grandes veículos de comunicação nesta segunda-feira, em São Paulo. 

Promovido por um instituto defensor de valores como a economia de mercado e o direito à propriedade, e que tem entre seus conselheiros nomes como João Roberto Marinho, Roberto Civita, Eurípedes Alcântara e Pedro Bial, o fórum contou com o apoio de entidades como a Abert (Associação Brasileira de Emissoras de Rádio e Televisão), ANER (Associação Nacional de Editores de Revista), ANJ (Associação Nacional de Jornais) e Abap (Associação Brasileira de Agências de Publicidade). 

E dedicou boa parte das suas discussões ao que 
os palestrantes consideram 
um risco para a democracia brasileira: 
a eleição de Dilma Rousseff. 

A explicação foi inicialmente dada pelo
sociólogo








 Demétrio Magnoli
que passou os últimos anos combatendo, nos noticiários e páginas dos grandes veículos, políticas de ação afirmativa como as cotas para negros nas universidades. 

Segundo ele, no início de sua história, o PT abrangia em sua composição uma diversidade maior de correntes, incluindo a presença de lideranças social-democratas. 

Hoje, para Magnoli, o partido é um aparato controlado por sindicalistas e castristas, que têm respondido a suas bases pela retomada e restauração de um programa político reminiscente dos antigos partidos comunistas. 

"Ao longo das quatro candidaturas de Lula, o PT realizou uma mudança muito importante em relação à economia. 

Mas ao mesmo tempo em que o governo adota um programa econômico ortodoxo e princípios da economia de mercado, o PT dá marcha ré em todos os assuntos que se referem à democracia. 

Como contraponto à adesão à economia de mercado, retoma as antigas idéias de partido dirigente e de democracia burguesa, cruciais num ideário anti-democrático, e consolida um aparato partidário muito forte que reduz brutalmente
a diversidade política no PT. 

E este movimento é reforçado hoje pelo cenário de emergência do chavismo e pela aliança entre Venezuela e Cuba", acredita. 

"O PT se tornou o maior partido do Brasil como fruto da democracia, mas é ambivalente em relação a esta democracia. 

Ele celebra a Venezuela de Chávez, aplaude o regime castrista em seus documentos oficiais e congressos, e solta uma nota oficial em apoio ao fechamento da RCTV", diz.

A RCTV é a emissora de TV venezuelana que não teve sua concessão em canal aberto renovada por descumprir as leis do país e articular o golpe de 2000 contra o presidente Hugo Chávez, cujo presidente foi convidado de honra do evento do Instituto Millenium.

Hoje, a RCTV opera apenas no cabo e segue enfrentando o governo por se recusar a cumprir a legislação nacional. 
Por esta atitude,
 
Marcel Granier é considerado pelos organizadores do Fórum um símbolo mundial da luta pela liberdade de expressão - um direito a que, acreditam, o PT também é contra. 
"O PT é um partido contra a liberdade de expressão. 

Não há dúvidas em relação a isso. 
Mas no Brasil vivemos um debate democrático e o PT, por intermédio do cerceamento da liberdade de imprensa, propõe subverter a democracia pelos processos democráticos", 
declarou o filósofo 


Denis Rosenfield. 

"A idéia de controle social da mídia 
é oficial nos programas do PT. 

O partido poderia ter se tornado social-democrata, mas decidiu que seu caminho seria de restauração stalinista. 

E não por acaso o centro desta restauração stalinista é o ataque verbal à liberdade de imprensa e expressão",
completou Magnoli. 

O tal ataque 
Para os pensadores da mídia de direita, o cerco à liberdade de expressão não é novidade no Brasil. 

E tal cerceamento não nasce da brutal concentração da propriedade dos meios de comunicação característica do Brasil, mas vem se manifestando há anos 
em iniciativas do governo Lula,em projetos com o da Ancinav,
 que pretendia criar uma agência de regulação do setor audiovisual, considerado "autoritário, burocratizante, concentracionista e estatizante" pelos palestrantes do Fórum, e do Conselho Federal de Jornalistas, que tinha como prerrogativa fiscalizar o exercício da profissão no país. "Se o CFJ tivesse vingado, o governo deteria o controle absoluto de uma atividade cuja liberdade está garantida na Constituição Federal. O veneno antidemocrático era forte demais.

 Mas o governo não desiste. 
Tanto que em novembro, o Diretório Nacional do PT aprovou propostas para a 
Conferência Nacional de Comunicação 
defendendo mecanismos de controle público e sanções à imprensa",
avalia o articulista do Estadão e conhecido membro da Opus Dei, Carlos Alberto Di Franco. 

"Tínhamos um partido que passou 20 anos fazendo guerra de valores, sabotando tentativas, atrapalhadas ou não, de estabilização, e que chegou em 2002 com chances de vencer as eleições. 
E todos os setores acreditaram que eles não queriam fazer o socialismo. 
Eles nos ofereceram estabilidade e por isso aceitamos tudo", 
lamenta Reinaldo Azevedo,colunista da revista Veja
que faz questão de assumir que 
Fernando Henrique Cardoso está à sua esquerda e para quem o DEM não defende os verdadeiros valores de direita. 
"A guerra da democracia do lado de cá 
esta sendo perdida", 
disse, num momento de desespero. 

O deputado petista Antonio Palocci, convidado do evento, até tentou tranqüilizar os participantes, dizendo que não vê no horizonte nenhum risco à liberdade de expressão no Brasil e que o Presidente Lula respeita e defende a liberdade de imprensa. 
O ministro Hélio Costa, velho amigo e conhecido dos donos da mídia, também.
"Durante os procedimentos que levaram à Conferência de Comunicação, o governo foi unânime ao dizer que em hipótese alguma aceitaria uma discussão sobre o controle social da mídia. Isso não será permitido discutir, do ponto de vista governamental, porque consideramos absolutamente intocável", 
garantiu. 

Mas não adiantou. 
Nesta análise criteriosa sobre o Partido dos Trabalhadores, houve quem teorizasse até sobre os malefícios da militância partidária. 

Roberto Romano, convidado para falar em uma mesa sobre Estado Democrático de Direito, 
foi categórico ao atacar a prática política e apresentar elementos para a teoria da conspiração que ali se construía, defendendo a necessidade
 de surgimento de um partido de direita no país para quebrar o monopólio progressivo da esquerda.

"O partido de militantes é um partido de corrosão de caráter

Você não tem mais, por exemplo, juiz ou jornalista; 
tem um militante que responde ao seu dirigente partidário (...) 
Há uma cultura da militância por baixo, que faz com que essas pessoas militem nos órgãos públicos.. 
E a escolha do militante vai até a morte. (...) 

Você tem grupos políticos nas redações que se dão ao direito de fazer censura. 
Não é por acaso que o PT tem uma massa de pessoas que considera toda a imprensa burguesa como criminosa e mentirosa", explica. 

O "risco Dilma" Convictos da imposição pelo presente governo de uma visão de mundo hegemônica e de um único conjunto de valores, que estaria lentamente sedimentando-se no país pelas ações do Presidente Lula, os debatedores do Fórum Democracia e Liberdade de Expressão apresentaram aos cerca de 180 presentes e aos internautas que acompanharam o evento pela rede mundial de computadores os riscos de uma eventual eleição de 
Dilma Rousseff. 

A análise é simples: 
ao contrário de Lula, que possui uma "autonomia bonapartista" em relação ao PT, a sustentação de Dilma depende fundamentalmente do Partido dos Trabalhadores.
E isso, por si só, já representa um perigo para a democracia e a liberdade de expressão no Brasil. 

"O que está na cabeça de quem pode assumir em definitivo o poder no país é um patrimonialismo de Estado. 
Lula, com seu temperamento conciliador, teve o mérito real de manter os bolcheviques e jacobinos fora do poder. 
Mas conheço a cabeça de comunistas, fui do PC, e isso não muda, é feito pedra. 

O perigo é que a cabeça deste novo patrimonialismo de estado acha que a sociedade não merece confiança.
Se sentem realmente superiores a nós, donos de uma linha justa, com direito de dominar e corrigir a sociedade segundo seus direitos ideológicos", 
afirma o cineasta e comentarista da Rede Globo, Arnaldo Jabor. 

"Minha preocupação é que se o próximo governo for da Dilma, será uma infiltração infinitas de formigas neste país. 
Quem vai mandar no país é o Zé Dirceu e o Vaccarezza. 
A questão é como impedir politicamente o pensamento de uma velha esquerda que não deveria mais existir no mundo", 
alerta Jabor. 

Para Denis Rosenfield
ao contrário de Lula, que ganhou as eleições fazendo um movimento para o centro do espectro político, Dilma e o PT radicalizaram o discurso por intermédio do debate de idéias em torno do
Programa Nacional de Direitos Humanos 3
lançado pelo governo no final do ano passado. 
"Observamos no Brasil tendências cada vez maiores de cerceamento da liberdade de expressão. 

Além do CFJ e da Ancinav, tem a Conferência Nacional de Comunicação, o PNDH-3 e a Conferência de Cultura. Então o projeto é claro. 
Só não vê coerência quem não quer", afirma. "Se muitas das intenções do PT não foram realizadas não foi por ausência de vontades, mas por ausência de condições, sobretudo porque a mídia é atuante", admite. 

Hora de reagir E foi essa atuação consistente que o Instituto Millenium cobrou da imprensa brasileira.
Sair da abstração literária e partir para o ataque. 
"Se o Serra ganhasse, faríamos uma festa em termos das liberdades. 
Seria ruim para os fumantes, mas mudaria muito em relação à liberdade de expressão. 
Mas a perspectiva é que a Dilma vença", alertou Demétrio Magnoli. 

"Então o perigo maior que nos ronda é ficar abstratos enquanto os outros são objetivos e obstinados, furando nossa resistência. 

A classe, o grupo e as pessoas ligadas à imprensa têm que ter uma atitude ofensiva e não defensiva. 
Temos que combater os indícios, que estão todos aí. 
O mundo hoje é de muita liberdade de expressão, inclusive tecnológica, e isso provoca revolta nos velhos esquerdistas. 
Por isso tem que haver um trabalho a priori contra isso, uma atitude de precaução. Senão isso se esvai. 
Nossa atitude tem que ser agressiva", 
disse Jabor, convocando os presentes para a guerra ideológica. 

"Na hora em que a imprensa decidir e passar a defender os valores que são da democracia, da economia de mercado e do individualismo, e que não se vai dar trela para quem quer a solapar, começaremos a mudar uma certa cultura", prevê Reinaldo Azevedo. 

Um último conselho foi dado aos veículos de imprensa: 
assumam publicamente a candidatura que vão apoiar. 
Espera-se que ao menos esta recomendação seja seguida, para que a posição da grande mídia não seja conhecida apenas por aqueles que puderam pagar R$ 500,00 pela oficina de campanha eleitoral dada nesta segunda-feira.
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Agradecimentos do Blog's REI amiga Gelza.